Air France/KLM inova para reduzir consumo

Jean-Cyril Spinetta, em Paris-Charles de Gaulle

A Air France-KLM estima que se o preço do barril se estabilizar em US$ 120, pode terminar este ano fiscal com lucro operacional de 1 bilhão euros, ante os 1,4 bilhão registrado no ano encerrado no último 30 de março. Apesar de inferior, a expectativa é considerada positiva. Ontem, na sede da empresa, em Paris, o CEO Jean-Cyril Spinetta, apresentou uma série de inovações voltadas à redução consumo de combustível. "Esta conjuntura global muda drasticamente todo o mercado de aviação. Todos precisam encarar de frente esta nova realidade", afirmou o executivo, ressaltando a importância de trabalhar em parceria com os fabricantes de aeronaves e equipamentos em busca de eficiência energética. Em 2007, as companhias gastaram US$ 136 bilhões com QAV. Segundo o CEO, a instabilidade da cotação do petróleo deve gerar um gasto extra da ordem de US$ 99 bilhões às empresas este ano, e a Air France quer reduzir o consumo de QAV em 850 mil toneladas. A meta da empresa, de acordo com Spinetta, é alcançar consumo de 3,65 litros por passageiro a cada 100km até 2012. Nos últimos cinco anos, 85 aeronaves foram aposentadas e 76 novas foram incorporadas a frota. As medidas de redução incluem ainda: novas modificações em diversas partes das aeronaves, redução do tempo de taxiamento antes da decolagem e da aterrisagem, utilizção de copos de plástico, que passaram de 13 gramas para 9,5 gramas. Além disso, os documentos de administração de vôo dos comandantes, que ficavam reunidos em uma pasta de aproximadamente 45kg, foram trocados por notebooks que pesam cerca de 2kg. E a última, a troca dos assentos. Os atuais, que pesam 14,5kg cada, devem dar lugar a versões mais modernas, com 10kg. Com esse projeto, a empresa reduzirá 650kg/aeronave. As gavetas das cozinhas também foram trocadas por outras de plástico, gerando redução de 900g por unidade.